Não vale a pena acabar com a pobreza

Tem um tipo de profissional que depende de um rebanho para poder continuar existindo. Portanto, são os mais interessados no bem estar de seu gado.

Contudo, existe uma classe um tanto peculiar que também depende de um curral para continuar sobrevivendo. Só que eles estão mais preocupados na manutenção da miséria, pois é exatamente isso que os faz continuar sendo poderosos. São esses os políticos progressistas que “trabalham em prol do povo”.

Esse político afirma que leva comida para a mesa do pobre, mas no fundo faz questão de que continuem rolando na própria miséria. E por que seria diferente? O miserável é um ótimo eleitor, pois ele afunda na própria ignorância e se convence por populistas que se apoiam em uma massa de outros coitados. Umas poucas migalhas funcionam bem como forma barata de compra de votos.

A receita é simples: primeiro crie ou aprove leis que impeçam o desenvolvimento, o que fará com que se forme uma massa de pobres. Após isso, surja durante as eleições com a promessa de que seus filhos vão comer um pedaço de carne no almoço (populistas conhecem bem o princípio da Pirâmide de Maslow para saber que o estômago dói primeiro). “Cumpra” a promessa enchendo os miseráveis com auxílios que servem como paliativo, mas não crie um ambiente propício para desenvolvimento. Ah, não esqueça de incluir um mecanismo no seu programa assistencialista de que quanto mais filhos mais ganhará auxílio. Dessa forma, acaba de introduzir esse povo em uma espiral eterna de decadência e pobreza. Pronto! Acabamos de criar o que se costuma chamar de “curral eleitoral”.

Penso que vou morrer sem saber qual é a linha que divide o mau-caratismo e a burrice das pessoas que defendem políticos que fazem esse tipo de coisa. Outrora um pensador contemporâneo que não deve ser nomeado disse que, na verdade, essa mesma fatia do povo consegue mesclar perfeitamente a dificuldade em usar seus dois neurônios na cabeça com sua maldade.

Contudo, eu entendo que muitos dos defensores fazem parte também de uma espécie de curral eleitoral. “Pesquisadores” e “artistas”, cuja contribuição para a humanidade é praticamente negativa, também dependem das migalhas do governo. Portanto, faz sentido que o mugido venha desse lado. Existem também os convictos, aquela parcela de jovens e velhos que sabem de tudo sem precisar se informar muito mais do que o que sai de sua bolha de lacração. Portanto, estão dentro de um curral eleitoral afetivo e egocêntrico, pois nesse pacote também entra os discursos das causas sociais que acabam, inevitavelmente, também formando mais um gado.

Mesmo que seja jogar pérolas aos porcos, uma vez que muitos pararam de ler nesse momento, vamos fazer um exercício mental simples.

Imaginemos que o leitor é dono de uma empresa de exploração de madeira, sendo que sua renda, o emprego de centenas de pessoas e diversos produtos derivados dessa matéria prima dependem de seu trabalho. Sei que os últimos dois itens podem não ser tão convincentes para a parcela do povo que me referi anteriormente, então apenas vamos focar no lucro ganancioso do empresário. Ele é um “homem branco cis hétero” que pensa apenas em dinheiro e toda sua fortuna vem da exploração da madeira. E ele vai querer cada vez mais.

Vou prosseguir agora com letras garrafais, com o perdão da grosseria.

O QUE LEVA UMA PESSOA A PENSAR QUE ESSE CARA VAI CONSUMIR TUDO ATÉ QUE NÃO SOBRE NADA A NÃO SER UM DESERTO INFÉRTIL? ACHA MESMO QUE ELE NÃO É O MAIS INTERESSADO EM QUERER PLANTAR MAIS E MAIS ÁRVORES E MANTER O TERRENO CADA VEZ MAIS FÉRTIL PARA AS FUTURAS SAFRAS?

E esse exemplo pode se replicar em diversos outros tipos de empresários: criadores de animais de corte, produtores rurais, assim por diante. Não penso que os donos do MC Donald’s fossem fazer pouco caso de uma doença que está afetando o próprio rebanho. Da mesma maneira, não acredito que o KFC fosse fechar os olhos para uma praga que adoece as aves de corte. São os mais preocupados com seu bem estar. 

Vou prosseguir também com mais letras garrafais…

SE POLÍTICOS PROGRESSISTAS DEPENDEM DE UM CURRAL ELEITORAL PARA SE MANTER NO PODER, FARIA ALGUM SENTIDO ELES REALMENTE ACABAREM COM A POBREZA E DEPENDÊNCIA ESTATAL DESSES LOCAIS?

Não. Não vale a pena acabar com a pobreza, seja ela material, cultural ou científica. Ou até mesmo pessoal e afetiva. A pobreza, de forma geral, rende excelentes eleitores. E é até meio curioso como o empresário, com seus interesses egoístas, está mais preocupado com o bem estar das suas cabeças, enquanto os progressistas dizem estar preocupados com seu próprio gado, mas no fundo querem eles cada vez mais miseráveis.

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